quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Selva e metrópole

Roberto Moita iniciou seus estudos em arquitetura e urbanismo na Universidade Federal da Paraíba e concluiu sua formação acadêmica em Fortaleza-CE. No início da carreira migrou para Manaus-AM onde aprimorou suas habilidades técnicas no detalhamento e aplicação da madeira e do aço na arquitetura.

PAVIMENTO TÉRREOPAVIMENTO SUPERIOR

Natureza e arquitetura se abraçam no sítio Passarim. Mais precisamente na casa projetada pelo arquiteto Roberto Moita, para o lazer com a família e os amigos, nos arredores de Manaus. Brincalhão, ele apelidou seu estilo de caboclo high tech.

Um barco a motor ronca nas águas pretas do igarapé que banha o sítio Passarim. Em plena cheia de 2002, vem com alguns exemplares de bacuri, árvore frutífera pouco usada comercialmente. Destino da carga: virar tábuas para o piso da casa de fim de semana de Roberto Moita (foto). "Depois do desembarque, os troncos subiram pro canteiro de obras no lombo", conta o arquiteto, que acompanhou o transporte e evitou qualquer desperdício. A tora é cortada para formar ângulos retos e, portanto, deixa de fora as costaneiras, abas exteriores do tronco cilíndrico. Pois elas viraram bancos para a área da piscina.

À primeira vista, a mescla de materiais pode causar estranhamento. Mas cada escolha está fundamentada: o telhado de alumínio, a estrutura metálica e as divisórias de gesso acartonado (no piso superior) garantiram uma leveza que possibilitou fincar sapatas a 1,80 m de profundidade. Fosse uma estrutura de concreto com alvenaria, as fundações precisariam ir mais fundo. Mesmo os materiais industrializados foram comprados no local, o que evitou despesas com frete. "As pessoas pensam que na Amazônia tudo vem de fora, mas há fartura de fornecedores." Surpreendente exceção foi a tela mosquiteira, adquirida em São Paulo. Como se vê, a receita de Roberto Moita mistura ingredientes industriais e globalizados ao tempero local. O grande alpendre, integrado à piscina em forma de igarapé e à cozinha, reproduz a vivenda do ribeirinho. Eis o jeito "caboclo high tech" de construir, unindo a exuberância da selva ao conforto da metrópole. Numa brincadeira que sintetiza esse casamento, Moita fez um painel que reescreve o ditado inglês à moda local e diverte os convidados: "Duas tucumãs por dia deixam longe o doutor".
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Ficha técnica
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Arquitetura: Roberto Moita
Fotos: Marcos Lima
Ilustração: Alice Campoy
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Reportagem: Patrícia Patrício
Publicada originalmente em Arquitetura & Construção

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Arquitetura Amazônica


Projetada em 1970, esta casa possui quatro andares escalonados em torno de uma área disposta meio à mata. Construída com tipos de madeiras amazônicas pouco utilizadas comercialmente. Quando a casa foi construída era acessível apenas a partir da água. Nestes dias, possui acesso também por estrada de terra, uma característica dos imóveis adjacentes.
Obra de Severiano Mário Porto, um arquiteto com a cara da Amazônia, envolvido com as razões e os costumes da Região Norte, onde deixou seu carimbo em muitos projetos, os quais, com um estilo autêntico, seguiu um padrão de soluções voltadas para o sentido humano-caboclo.

Em Manaus, projetou a Sede da Suframa, o Campus da UFAM e o Estádio Vivaldo Lima. Além dessas, estão eternizadas obras como o Centro de Proteção de Balbina (à 118 km de Manaus) e o Campus da Universidade da Amazônia. 

domingo, 18 de julho de 2010

Ativismo Consciente

"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma."

José Saramago, grande escritor português, prêmio Nobel de literatura em 1998, faleceu no dia 18 de Junho deste ano (exato 1 mês atrás). Pensamento publicado em seu último post no blog Outros Cadernos. Portanto, o que nos resta é PENSAR, antes de agir.

É com esse lema que vos apresento um cara que não tem preguiça de pensar e mais do que isso, expressar suas idéias:



Quem estiver no Rio e passar por Santa Teresa, poderá apreciar o trabalho artístico de Eduardo Marinho, que além de artista, sabe expressar-se por meio de palavras que estimulam nossa reflexão.

Blog de Eduardo Marinho: www.observareabsorver.blogspot.com

terça-feira, 13 de julho de 2010

Banco de praça feito com toras de bambu

Salve escalas humanas! Olha só que sacada:

Banco 'Pile Isle', construído inteiramente com toras de bambu cortadas, combinadas, e presas com quatro cintas de aço inoxidável, dando forma a esta maravilha de banco de praça que vocês estão vendo aí. Projeto da designer holandesa Elena Goray e do designer alemão Christoph Tönges.

Este e outros projetos que visam o bambu como principal material podem ser encontrados no site da empresa alemã COMBAM

Fonte: EcoBlogs